PÉS FORMOSOS

Rom. 10:9-15

   Tema: Pregação/Missionário

Propósito Específico: Levar a congregação a assumir hoje,   o  privilégio da pregação do evangelho.

   Propósito Geral: Consagração

   INTRODUÇÃO

1. Saudação: É um privilégio para nós neste momento trazer a vocês a palavra do nosso Deus.

2. Frase alusiva: O tema de hoje é oportuno, diante da  urgência que temos, em cumprirmos nossa  missão maior como igreja,  anunciar as Boas Novas. O título de nosso sermão é “Pés Formosos”

3. Relato:  Um jovem universitário visita uma comunidade do interior, afim de  visitar seus parentes. Precisando atravessar um rio, dirige-se a um barqueiro e solicita a travessia. No meio do caminho o jovem pergunta ao barqueiro: “Você conhece física?” O barqueiro responde que não. O jovem diz: “Então você perdeu metade da vida.” O jovem pergunta mais uma vez: “Você sabe o que é clonagem?” Não responde mais uma vez o barqueiro. O rapaz diz:  “Então você perdeu metade da vida.” De repente o barco bate em um tronco no meio do rio, e começa a afundar. O barqueiro pergunta ao universitário: “Você sabe nadar?” O universitário responde: “Não sei nadar” O barqueiro diz: “Então você perdeu toda a vida!”  Há coisas que são importantes. Mas há coisas que são essenciais, prioritárias, questões de vida ou morte.  O tema de hoje não é um detalhe a mais no contexto da igreja, é  essencial, prioritário, diante da razão pela qual  foi erguida a Igreja remanescente.

4. Proposição: É necessário crer para ser salvo, mas se espera também que o crente comunique a salvação.

5. Pergunta de Transição: Por quê alguns não crêem no evangelho da salvação?

6. Frase de Transição: Para entender uma das razões, porque há pessoas que  não crêem no  evangelho, vamos analisar         Rom. 10:12-15, e descobriremos também de quem são os                     “pés formosos”

7. Palavra chave:  Necessidade

I.   A NECESSIDADE DE CRER

1. Lição: Deus não predestinou uns para a salvação e outros para a perdição. Todos os que crêem alcançaram a salvação.

2. Texto prova: v. 9-13  Indica que todos que crêem, judeus e gentios podem ser salvos.

a.     Não há mais distinção entre raças e povos. Já na época de Paulo, nascer judeu, ou ser circuncidado não era garantia de privilégios da parte do Senhor.

b.     Judeus e gentios são igualmente culpados, e precisam da salvação.

c.     O caminho foi aberto para todos, sem limitação de raça, posição social, suposta bondade inerente, ou ausência da mesma. Há uma igual oportunidade, provocada pela igual necessidade.

3.   Ilustração:  Em 1992 participamos de uma série evangelística na cidade de Joinville-SC. A série foi dirigida pelo Pr. Reginaldo Kefler, como resultado surgiu a igreja do Bohemerwaldt que hoje é sede de distrito. Nos atuávamos como obreiro bíblico. Estudávamos a Bíblia todo sábado a tarde na casa da senhora Elizabete e sua filha. Seu marido o senhor Norberto não participava dos estudos, ficava num quarto, totalmente alcoolizado. O estudo era realizado na sala; apenas uma vez,  Norberto o esposo de Elizabeth, veio participar por alguns minutos, todo embriagado. Quando terminamos a série de estudos, Elizabete e sua filha  aceitaram a Cristo e foram batizadas. O fim do ano chegou e fomos para outra cidade trabalhar, depois de um ano voltamos visitar a igreja recém surgida do evangelismo. Era um dia de semana e quando chegamos na igreja, avistamos alguém arrumando o telhado. Perguntei a quem estava ao meu lado. “Quem é aquele homem?” Ouvi:  “É o senhor Norberto, diácono da nossa igreja.”  Sabe querido irmão(a), o que  Norberto disse a respeito dos estudos bíblicos que ministrávamos em sua casa?  “O pastor Ilson pensava, que eu lá no quarto alcoolizado, não ouvia e entendia nada? Estava enganado!”  Paulo diz I Cor. 1:18 que o “evangelho é o poder de Deus”. Esse poder é extensivo a todos os homens, liberta e restaura, o mais vil pecador que crê.

“A porta do céu é muito maior do que muitos adventistas pensam.”

a. Ninguém pode  fugir da necessidade de fazer a escolha entre a vida e a morte. “Diga-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva...” Ezequiel 33:11

4. Aplicação: Como é maravilhoso irmãos, sentir o amor de Deus por nós. Como é maravilhoso saber que Deus está interessado em nossa salvação, e que Seu desejo como Pai de amor, é que  “...nenhum se perca mas que todos cheguem ao arrependimento.” II Pedro 3:9  Amigo, não importa sua classe social, seu grau de escolaridade, sua nacionalidade ou sua cor. Para Deus somo todos Suas, preciosas jóias, por quem Ele entregou seu único Filho. (João 3:16)

a.  Se a salvação é extensiva a todos os homens, por que muitos não a aceitam?

II.  A NECESSIDADE DE OUVIR PARA CRER

1. Lição: Muitos não crêem no plano da salvação, simplesmente porque não tiveram a oportunidade de ouvir sobre ela.

2. Texto prova:  v. 14 (primeira parte)

3. Ilustração:  Numa noite um pai observa que seu filho, estava ainda acordado e com a luz do quarto acesa. Já era tarde da noite e o pai aproximou-se do quarto preocupado. Quando chega bem pertinho, ouve uma frase acompanhada de uma gargalhada repetida várias vezes: “Ah! Se ele soubesse o que eu sei!  Ah! Se ele soubesse o que eu sei!” O pai entra no quarto e pergunta ao filho. “O que é isso filho?” O menino explica: “Pai eu ganhei este livro na escola, ele é um conto policial. Nele o bandido prospera e ninguém consegue pegá-lo. Eu não agüentei e fui ao final do livro. Lá o bandido é preso e condenado a muitos anos de reclusão. Aí voltei ao começo do livro e quando o bandido esta tendo sucesso, eu digo: Ah! Se você soubesse o que eu sei!”

  

a.     Meus irmãos, quantos estão andando pelo mundo sem saber o que nós sabemos?

b.     Quantos  não tem a esperança que temos?

c.     Ah! Se todos soubessem o que nós sabemos?

d.     A Bíblia diz em Salmos 4:6 “Há muitos que dizem: Quem nos mostrará o bem?”

e.     Para que os homens invoquem a Deus, rogando-lhe a salvação, é necessário que haja pregadores, pois os homens chegam a ter fé, quando ouvem a mensagem do evangelho e a aceitam.

f.      A escritora cristã inspirada, Ellen G. White escreveu: “Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o céu. Muitos estão no limiar do reino, esperando serem somente recolhidos.” Atos dos Apóstolos, pág. 109  

g.     “Não devemos esperar que as almas venham a nós,               precisamos procurá-las onde estiverem.”  Beneficência Social, pág. 78 EGW

4. Aplicação:  Quero fazer-lhes uma pergunta:

a.     Quantos não nasceram em lar adventista, vieram a se converter depois? Levantem a mão por favor!

                 

b.      A você que levantou a mão dirijo as seguintes perguntas: A onde estaria você hoje, se alguém não lhe houvesse falado do amor de Deus? Que esperança teria em seu coração se alguém não tivesse dedicado seu tempo e talentos em seu favor? Teria a paz que tem hoje?

c.     E você, que como eu, nasceu em lar adventista, devemos ser gratos da mesma forma, porque um dia Deus enviou alguém para pregar aos nossos antepassados.

d.     Não sente você a responsabilidade de anunciar a outros a verdade que enche seu coração?

            III. A NECESSIDADE DE ANUNCIAR

1.     Lição:  Anunciar as Boas Novas é uma missão e privilégio de todos os que crêem.

2.     Texto prova:  v. 14(última parte) e v. 15

a.     A Bíblia  deixa claro que todos somos enviados a testemunhar de nossa fé. Em I Pedro 2:9 “Mas vos sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo  adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”

b.     v.15 “... Quão formosos os pés dos que anunciam boas novas” Esta citação foi extraída da passagem de Isaías 52:7. Não há de duvidar que Paulo já ouvira muitas vezes a citação desta passagem, conhecendo-a de cor do original hebraico.

c.     Em seu contexto original, essa passagem do livro de Isaías, se referia aos mensageiros que propagam as boas novas da restauração israelita, após o cativeiro babilônico.

d.     Na carta aos romanos Paulo aplica-a, à restauração maior dos homens, não do cativeiro babilônico, mas do  cativeiro do pecado.

e.     No original hebraico Isa. 52:7, diz: “Quão belos, sobre os montes, são os pés daquele que traz boas novas, que publica a paz, que traz boas novas de bondade, que publica a salvação.”

f.      “Pés”: São aqui símbolos da pessoa inteira que anuncia as boas novas.  Isso equivale a dizer: “Quão belos, quão agradáveis, quão dignos, quão merecedores de honra e respeito são os mensageiros que levam as boas novas de salvaçao a todos os povos.”

h.     “Quão formosos são os pés!” Do ponto de vista dos céus, nada existe de tão amável sobre a terra, como a propagação do nome de Jesus Cristo, a um mundo em necessidade. Há um mundo que necessita  não de melhoramento, evolução, mas de salvação.

i.      Devemos como  mensageiros da verdade usar de todos métodos e maneiras para mostrar aos perdidos o caminho da salvação. Pode ser:

·      Entregando literatura

·      Oferecendo um curso bíblico

·      Formando uma Dupla Missionária

·      Conduzindo amigos  para um Pequeno Grupo

·      Trazendo um vizinho para as programações da igreja

·      Pregando numa série evangelística

·      Trazendo amigos para os Desbravadores

·      São inúmeras as formas de falar do amor de Deus.

j.      Geralmente essa tarefa leva o obreiro às circunstâncias difíceis, nas quais será tentado a desanimar, e a achar que a jornada é grande demais para ele, levando-o a anelar pelo descanso para seus pés. Porém, seu Senhor lhe diz, o tempo todo, “Quão formosos  são o pés!”

3.     Ilustração:  O Sr. Ocleres Neres montou uma classe bíblica no ano 2000, na Penitenciaria Estadual de Soledade-RS. Como fruto deste trabalho de quase um ano, três pessoas foram batizadas. Tivemos o privilégio de realizar este batismo no 15/11/2000. Entre os batizandos Gilmar Maia, preso a mais de três anos. Depois do batismo pensei, qual seria o futuro de Gilmar e seus colegas? Quanto tempo ainda passaria na cadeia? No dia 15/06/2003 ao realizar um casamento na cidade de Três Passos-RS, sou interpelado por um homem de terno e gravata, acompanhado de uma moça. Ele me fez uma pergunta: “Pastor lembra de mim?” Parei, olhei, pensei e disse: “Estou tentando lembrar!” Ele deu uma pista dizendo: “Penitenciária de Soledade” Só aí lembrei de Gilmar. Ele disse: “Pastor sabe onde estou morando e o que estou fazendo? Estou livre, e hoje sou colportor licenciado de revistas em Uruguaina-RS, e esta moça é minha noiva. Estou grato a Deus por ter me achado no fundo do poço, hoje sou um homem feliz e tenho paz em meu coração.”

a.     “Em comparação com o valor de uma alma, o mundo todo mergulha em insignificância”     Testemunhos vol. 5, pág. 614 EGW

CONCLUSÃO

1.     Recapitulação:  Como vimos:

a.     A salvação é oferecida a todo homem que crê em Jesus como seu salvador

b.     Muitos ainda não crêem em Jesus, porque não ouviram falar dEle.

c.     Como cristãos salvos em Cristo, devemos usufruir do privilégio de anunciar as boas novas.

2.     Aplicação: Um rei designou um dia, para que todos os seus súditos viessem saudá-lo, e homenageá-lo em frente a seu palácio. Esse dia, era o do seu aniversário. Num desses dias o rei começou a receber as homenagens e logo saiu para o campo, lá encontra uma camponesa colhendo trigo e pergunta: “Você não tem marido que possa lhe ajudar?” Tenho disse a mulher. “Mas onde ele esta que não vem lhe ajudar?” “Ele foi ver o rei na cidade.” Disse ela. O rei falou:  “Pois diga a seu marido, que você não só viu o rei, mas falou com ele.”

a.     Se o Rei dos Reis viesse hoje, Ele o encontraria como ceifeiro  em sua seara?

b.     É necessário crer, mas você não pode negligenciar o pregar, levar o amor de Deus ao homem caído.

c.     Meu desejo é que você desfrute esse privilégio.

3.     Apelo:  Irmãos, convido agora você a ser o homem ou a mulher de “pés formosos”, que anuncia boas novas.

a.     Quer você contar  da  alegria que encheu seu coração?

b.     Quer você levar a esperança que lhe dá paz no coração?

c.     Se esse é seu desejo, levante a sua mão!

d.     Que Deus lhe abençoe.

e.     Oremos agora por sua decisão.

Ilson Arlei Geisler

Julho 2003

UNASP