segunda-feira, 7 de abril de 2014

10 TALENTOS


PR. ALEJANDRO BULLóN
O texto da mensagem de hoje está em São Mateus 25:14-18: "Pois como será o homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor." A lição básica da parábola dos dez talentos é a produtividade, e chamemos de produtividade a uma vida vitoriosa, de transformação de caráter ou de aquisição de virtudes da vida cristã. Enfim, a produtividade na vida do cristão, depende do tipo de relação que o servo tem com o seu Senhor. Os dois primeiros servos da parábola tinham uma relação de amor e confiança para com seu Senhor. O Senhor acreditava neles e eles o amavam, respeitavam e admiravam. 

Então, quando o Senhor foi embora, eles trabalharam com os talentos que o Senhor lhes deixou. E quando voltou, eles tinham o dobro, como fruto do trabalho das suas mãos. Mas sua produtividade estava ligada ao tipo de relacionamento que tinham com o Senhor. Já o caso do terceiro servo é completamente diferente. O terceiro servo era um poço de amargura, de ressentimento, de ódio disfarçado. Era servo. Servia, trabalhava para o Senhor, mas no fundo, desejava vê-lo morto. No fundo, falava mal dele, não acreditava nele. E todo esse poço de veneno, pode ser resumido nos versículos 24 e 25 do capítulo 25 do livro de Mateus: "Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: "Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhates, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu." Um servo com medo nunca poderá ser um servo produtivo. A primeira coisa que um servo precisa para produzir, é sentir-se amado, compreendido, aceito. O fruto do sentimento maravilhoso de sentir-se aceito, será a produtividade. Esta Parábola encerra uma das mensagens mais solenes que o cristão precisa entender: o tipo de relacionamento que Deus quer ter com o ser humano. Às vezes nós nos unimos a uma Igreja pensando que estamos tornando-nos cristãos. 

No entanto, nunca descobrimos o que é cristianismo. Passamos a vida toda freqüentando uma igreja chamada cristã, mas nunca experimentamos o gozo da vida cristã. Voltemos por um instante ao Jardim do Éden, quando Deus criou Adão e Eva. Ele não os criou para serem robôs programados para obedecer. Deus os criou para que fossem seus filhos. Deus não quer escravos, quer filhos; seres humanos realizados, valorizados, amados, compreendidos. Se olharmos para a Bíblia, veremos que o relacionamento que Deus teve com Adão e Eva, foi um relacionamento de pai para filho. Todos os dias Deus chegava ao jardim e Adão e Eva jogavam-se nos braços do Pai. Havia uma relação de confiança, de amor, de companheirismo. Sabe quando apareceu o medo? Quando o ser humano tentou fazer-se o deus de sua própria vida. Quando ele usou mal a liberdade que Deus lhe confiara. Porque parte do amor de Deus era a liberdade. Deus nunca poderia dizer "eu amo meu filho", se o tivesse criado sem liberdade. 

A expressão de seu amor era a liberdade. Liberdade para fazer o bem ou para fazer o mal. Tem muita gente hoje que pergunta: "Pastor, se Deus sabia que o homem ia pecar, por que que colocou no Jardim do Éden uma árvore da ciência do bem e do mal? Por que colocou a possibilidade do mal?" Meu amigo, veja bem, se Deus, ao criar o mundo não tivesse colocado diante do homem a possibilidade do mal, o ser humano não seria livre. O ser humano seria escravo do bem. Ele seria bom unicamente porque não existia a possibilidade de ser mau. Ele não teria liberdade, não poderia escolher. Seria como um animal dominado pelo instinto para um determinado tipo de vida, incapaz de decidir. Foi por isso que Deus criou o ser humano livre. Mas, quando ele usou mal a sua liberdade, o texto bíblico nos relata que: "Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim." (Gênesis 3:8) Então veio a grande pergunda que vemos no verso seguinte: "E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: onde estás?" (Gênesis 3:9) E desde aquele dia a grande pergunta de Deus tem sido: "Pedro, onde está você? Francisco, Aparecida, Rosa, Maria, Juliana, José, Rubens, onde está você?" E aí vem a resposta do homem. Escondido atrás da árvore, seminu, com vergonha, arruinado, quebrado por dentro, culpado, atormentado pela consciência: "Senhor, tive medo e me escondi." Meu querido, num cristianismo sadio, não pode haver lugar para o medo. O medo é fruto do pecado. Antes da entrada do pecado não existia medo. Deus nunca desejou que no relacionamento que Ele tivesse com Seus filhos, existisse a palavra medo. O medo é fruto do pecado. O que acontece em nossos dias, porém, em nome de Deus e em nome da religião? Muitos líderes religiosos estão criando a religião do medo. Ensinam a temer a Deus, ensinam a ver Deus como aquele soberano sentado em Seu trono, com uma vara na mão, olhando para a Terra, com o objetivo de ver quem é o malcriado que se comporta mal, para castigá-lo. Desde criancinhas crescemos com este conceito: se eu for bom, Deus me ama. Se eu não for bom, Deus não me ama. E crescemos pensando assim. E um dia você bate com o carro e a primeira coisa que imagina é: "o que estará errado em minha vida?" Alguém fica doente em sua família e a primeira coisa que você imagina é: "Que pecado oculto haverá em minha vida para que a doença atinja minha família?" Você perde o emprego, e o primeiro pensamento que lhe passa pela cabeça é "Deus está me castigando, porque fiz isto ou aquilo". O inimigo é terrível! Quando alguma provação chega à sua vida, quando surge algum momento difícil, imediatamente ele faz você lembrar de todas as coisas erradas de seu passado. E a conclusão a que você chega é: eu não presto, estou sofrendo porque Deus está me castigando, não posso orar a Deus porque Ele não ouvirá minha oração. Querido, a religião do medo é a pior coisa que pode acontecer nesta vida. Sabe por quê? Porque o inimigo vai fazer de tudo para levar você para uma vida de pecado e miséria. Mas, se o inimigo não puder mantê-lo no erro, então vai permitir que você volte para Deus, pelos motivos errados. E um dos motivos errados para você se aproximar de Deus, é o medo. Você nunca pode se aproximar de Deus pelo medo. É por isso que se você é um líder religioso, não pode levar a Igreja a um reavivamento autêntico, provocando medo nas pessoas: "Ah, temos que nos preparar porque os juizos de Deus já estão chegando! Temos que mudar de vida porque senão seremos atingidos pela ira de Deus! Temos que nos preparar porque talvez no ano 2000 Cristo volte à Terra!" Não! Se você se preparar por medo, sua preparação não vale nada. Se você se aproximar de Deus por medo, seu cristianismo não vale nada. 

Por medo, unir-se a uma Igreja, ser batizado e tentar cumprir tudo que Deus pede, não vale. Por medo, para não sofrer os castigos de Deus, para não receber a maldição, para que tudo vá bem! Mas, sabe quando você vai ver a fragilidade de sua triste religião? Quando chegar o momento da pressão, da provação, das dificuldades. O terceiro servo da parábola não sabia que tinha medo de Deus. Ele pensava que era mais um servo, mais um membro da Igreja. Ele não sabia que odiava Seu Mestre. Ele não estava consciente do conceito que ele tinha de Deus. As acusações que saíram de sua boca, os impropérios de seu coração apareceram quando chegou o momento do ajuste de contas. Quando viu que o servo que recebera cinco devolvera dez; o que recebera, dois devolvera quatro; e ele que recebera um, não tinha nada. Foi aí que ele confrontou-se com a sua realidade. Ele não amava seu Senhor. Tinha um monte de acusações. Na sua opinião, o senhor era injusto: colhia o que não havia plantado! Cobrava o que não havia semeado. Então disse: "... receoso, escondi na terra o teu talento." (Mateus 25:25) A minha pergunta é: "qual é o tipo de cristianismo que você pratica? Você tem medo de Deus ou é atraído a Ele pelo seu maravilhoso amor? Que tipo de cristianismo lhe ensinaram? Pois, desde o momento que você entrou na Igreja, tem que se portar direitinho, porque, senão , você poderá receber os castigos divinos? É este o tipo de cristianismo que lhe ensinaram? Então você não entendeu o Evangelho, porque o cristianismo é um relacionamento de amor com o Senhor Jesus. 

Cristianismo é enamorar-se de Jesus, apaixonar-se por Jesus, entregar-Lhe a vida. Colocar a mão no braço de Jesus e dizer assim: "Senhor, leva-me pelos caminhos desta vida." Você não pode querer portar-se bem para ser amado. Precisa, primeiro, ser amado para poder portar-se bem. O filho que sente o amor do Pai é o que melhor se desenvolve. Não teme o futuro nem os desafios porque sabe que está ao lado do Pai e Ele o ama com um amor incondicional. A produtividade na vida cristã depende do tipo de relacionamento que você tem com Jesus. Você acha que só porque caiu uma vez, Deus o detestou? Você acha que porque escorregou cinco, dez vezes, Deus não acredita mais em você? Ah, querido, a Bíblia está cheia de exemplos, de um Pai que espera, que procura, que chama e que não perde as esperanças. Aceite este amor hoje mesmo.

AMOR LOUCO Letra e Musica: Amy Grant, Gary Chapman, Sloan Towner, Brown Bannister e Michael W. Smith Eis-me aqui, mais uma vez. Não Te cansas de escutar-me: "Outra vez cai." Eis a oração que Te farei, sinto muito tanta dor que Te causei, oh! Deus! Com pecados sucessivos, pois jamais mudei. E entretanto, me perdoas e me envolves com amor uma vez mais. É Teu grande amor, que nunca me deixará não posso entender sua imensidão. E esse amor baniu todo mal de mim, Oh! quão grande é Teu amor. Outra vez não pude ver, antes que Te conhecesse Teu amor senti. Chorando estou e Tu também porque vejo as promessas que jamais cumpri, por palavras digo: "Creio", mas não tenho fé. E entretanto me perdoas e me envolves co'amor uma vez mais. É Teu grande amor, que nunca me deixará não posso entender Sua imensidão. E esse amor baniu todo mal de mim, oh! quão grande é Teu amor. É Teu grande amor, que nunca me deixará não posso entender Sua mensidão. E esse amor baniu todo mal de mim, Não me faltará eu sei, Te conheço afinal. Não posso viver sem Teu amor! É Teu grande amor, que nunca me deixará!


ORAÇÃO Pai querido, obrigado por Teu amor infinito. Ah, Senhor, nunca poderemos entender a imensidão deste Amor, mas, obrigado, porque o que seria de nós se não nos amasses tanto. Agora, aceita esta oração e a oração sincera de tantas pessoas que estão falando em seus corações Contigo, aí onde estão. Em nome de Jesus. Amém.

LEPROSO CURADO



Texto base: Mateus 8:1-4

INTRODUÇÃO

A lepra era uma das piores enfermidades, talvez a mais temida nos tempos de Cristo. Um homem que foi diagnosticado com esta terrível enfermidade, conhecida como o “Dedo de Deus” ou o “castigo divino”, simplesmente perdeu o convívio da família, foi expulso da igreja, e até os amigos se afastaram. Quando tudo parecia perdido, quando não havia mais forças, ele ouviu que Jesus estaria passando bem perto do vale dos leprosos. Esta notícia alimentou a Última Esperança em seu coração. Ele teve um encontro com Jesus, que lhe trouxe esperança e alivio na hora da dor, e ele foi completamente curado.

ESPÍRITO DE PROFECIA

Pela lei ritual, o leproso era considerado impuro. Tudo quanto ele tocasse estava imundo. O ar era corrompido por seu hálito. Como uma criatura já morta, excluíam-no das habitações dos homens. Uma pessoa suspeita de estar com essa doença, devia apresentar-se aos sacerdotes, os quais após um exame, decidiam o caso. Se declarado leproso, era isolado da família, separado da congregação de Israel e condenado a se associar unicamente com outros leprosos. Não havia exceção nem mesmo para reis e príncipes. Um governante atacado dessa terrível doença devia renunciar ao trono e fugir da sociedade. (CBV 67)

PERGUNTA PARA DISCUSSÃO

Existe em nossos dias alguma enfermidade ou outra situação que as pessoas são discriminadas, semelhante à situação do leproso?

MENSAGEM

Longe dos parentes e amigos, o leproso devia suportar a maldição de sua enfermidade. Era obrigado a publicar a própria desgraça, rasgar os vestidos e fazer soar o alarme, advertindo a todos para que fugissem de sua contaminadora presença. O grito "Imundo! Imundo!" (Lev. 13:45), vindo em lamentosos tons do solitário desterrado, era um sinal ouvido com temor e repulsão. (CBV 67)

Ficando de longe, o leproso entendeu algumas palavras dos lábios do Salvador. Ele O viu pondo as mãos sobre os enfermos. Viu o coxo, o cego, o paralítico e os que estavam a morrer de várias doenças erguerem-se com saúde, louvando a Deus pela libertação. Sua fé se robusteceu. Aproximou-se mais e mais da multidão que O escutava. (CBV 68).

Um dia, Jesus desceu do monte, havia uma grande multidão ao redor do mestre, Ele deveria passar próximo ao vale dos leprosos.
Aquele homem que estava praticamente condenado, ficou sabendo que Jesus passaria perto dele, então se animou e decidiu ir Àquele que poderia curá-lo. Em seguida, porém, o desanimo tomou conta do seu coração, pois pensava, como o filho de Deus poderia curá-lo, se a doença era um castigo do Pai?


Por algumas vezes, ele se animou e em seguida desanimou. Mas, pensando bem, ele não tinha nada a perder, pois estava perdido mesmo! Então resolveu arriscar pela fé. Foi em direção à Jesus, decidido a ter um encontro verdadeiro com o mestre, médico dos médicos!.

O leproso aproximando-se de Jesus, adorou-O dizendo:
Senhor, se quiseres, podes  purificar-me.

Algo incrível aconteceu, ele fechou os olhos e se lançou aos pés de Jesus, pensando na possibilidade de ser apedrejado pela multidão. Mas, as pessoas notaram que não podiam tocar no tal homem, pois, poderiam ficar contaminados pela lepra, então todos correram. O leproso, com olhos fechados, pensou: todos fugiram, será que Jesus também fugiu?

Quando ele abriu os olhos, percebeu que Jesus estava ali, amém? Todos podem fugir, todos podem te abandonar, mas Jesus jamais irá te abandonar, jamais irá fugir. Não há nada neste mundo capaz de afastar Jesus de uma pessoa que O busca com sinceridade, de todo o coração.

A dúvida do leproso, não era se Jesus poderia curá-lo, e sim se Jesus queria ou não fazê-lo. Por isso disse: Se quiseres, podes purificar-me!.

A dúvida não era se Jesus tinha ou não poder para tanto, ele sabia que Jesus tinha poder para fazer qualquer coisa. A dúvida era: será que Jesus quer curar uma pessoa que não merece? Alguém que está recebendo um castigo de Deus?
Jesus respondeu exatamente a dúvida do homem. Estendeu a mão, tocou-lhe e disse: Quero, fica limpo! Uau!!! Que impressionante! Que maravilha! Que milagre!
Imediatamente ele ficou limpo da sua lepra. Sua pele ficou limpa, lisinha, como a pele de um bebê.

Jesus o limpou por dentro e por fora, este homem foi totalmente restaurado!
A cura não foi apenas física e espiritual, Jesus foi além, o reintegrou a sociedade, o devolver à família, ele voltou à igreja, a vida foi completamente transformada!
Jesus é maravilhoso, não é mesmo?

 Imediatamente se operou uma mudança no leproso. Seu sangue tornou-se sadio, os nervos sensíveis, firmou os músculos. A pele de um branco fora do natural, escamosa, peculiar à lepra, desapareceu, e sua carne ficou semelhante à de uma criancinha. (CBV 69)

Se os sacerdotes soubessem os fatos referentes à cura do leproso, seu ódio para com Cristo os levaria a dar uma sentença desonesta. Jesus desejava assegurar uma decisão imparcial. Pediu, portanto, ao homem que a ninguém contasse sobre  a cura, mas se apresentasse sem demora no templo com uma oferta, antes que qualquer rumor acerca do milagre se espalhasse. (CBV 69).




PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO

1.     A que é comprada a lepra nos dias atuais?
2.     Quais lições podem ser tiradas desta história?
3.     Fale sobre a graça e misericórdia de Deus para os seres humanos.



APELO
Quando esse homem chegou até Jesus, estava "cheio de lepra" (Luc 5:12). Seu mortal veneno enchia-lhe o corpo todo. Os discípulos tentaram impedir que Seu Mestre o tocasse; pois aquele que tocasse num leproso também ficava imundo. Mas, ao colocar a mão sobre o leproso, Jesus não recebeu nenhuma contaminação. A lepra estava purificada.
Assim se dá com a lepra do pecado - profundamente arraigada, mortífera, impossível de ser purificada por poder humano. "Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres" (Isa. 1:5 e 6). Mas Jesus, vindo habitar na humanidade, não recebe nenhuma poluição. Sua presença é restauradora virtude para o pecador. Quem quer que Lhe cair aos pés, dizendo com fé: "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo", ouvirá a resposta: "Quero; sê limpo" (Mat. 8:2 e 3. CBV 70).

Amigo e amiga, hoje é o dia da sua purificação, Jesus está aqui, fazendo um convite para ti, não fique aí parado, levante-se, venha, abra o coração, vá a Jesus do jeito que estás, somente Ele quer e pode de dar uma nova vida!

Se você ainda não foi batizada ou batizado, agora é o momento de fazê-lo. Quando você entrar na água, quando sepultar a velha vida nas águas batismais, você levantará totalmente purificado, totalmente perdoado, para começar uma nova vida em Cristo Jesus!.

Parabéns por sua decisão!


Pastor Luís Gonçalves

Evangelismo Divisão Sul-Americana IASD

DEIXAI VIR A MIM


“Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava” (Mc 10.13-16).

INTRODUÇÃO

Três atitudes chamam a atenção logo no início do texto: iniciativa de levar as crianças a Jesus (v. 13 “então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse”) – o texto não explicita quem levou a Jesus estas crianças, mas evidencia desde já que não haverá encontro das crianças com Jesus sem uma iniciativa clara, concreta, objetiva dos adultos promovendo este encontro; resistência dos discípulos em permitir o contato das crianças com Jesus (v. 13 “mas os discípulos os repreendiam”) – os discípulos que estavam sendo treinados para serem canais de aproximação viveram o papel oposto de canais de separação;  a indignação de Jesus diante da atitude dos discípulos (v. 14 “... Jesus, porém, vendo isto, indignou-se...”) – Jesus tem “indignação” com a postura errônea dos discípulos, uma profunda insatisfação que imediatamente se transformou numa repreensão firme e sábia, na qual Ele os ensinou e ensina nós sobre o que é encaminhar para a graça.
Podemos aplicar o termo ‘crianças’ a 3 classes de pessoas hoje.
1    
     CRIANÇA COMO SER HUMANO

Os discípulos não podiam alegar ignorância quanto ao projeto de Jesus para as crianças. Segundo Marcos (ver 9:36-37), antes deste episódio de nosso estudo, Ele mesmo lhes trouxe uma criança, colocou-a nos seus braços e com elas nos braços lhes disse: “qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou”. Mas, apesar disto, eles estavam profundamente indiferentes quanto ao dever de serem facilitadores do contato das crianças com Jesus. Aqui está um grande paradoxo: os pais e discípulos, pessoas separadas por Deus para conectarem as crianças com Jesus,  são muitas vezes os que “criam embaraços” = impecilhos, obstáculos, barreiras, dificuldades para que elas experimentem da graça de Jesus. Nosso maior desejo e propósito não é apenas o batismo em si mas prepara-las para o Reino dos Céus.
PEDRAS DE TROPEÇO PARA CRIANÇAS

Não sendo Exemplo  
Quer que seu filho ore, que ele lhe veja orando, quer que ele vá a igreja sempre... então leve-o)
Quando achamos que Jesus não tem interesse por elas
No começo do capítulo (10:1) Jesus estava atendendo multidões, mas Ele, apesar das grandes demandas ministeriais, arrumou tempo para atender as crianças. Criança tem lugar permanente no coração de Jesus!
Quando não conduzimos as crianças até às oportunidades comunitárias de encontro com Jesus
Cultos, Escola sabatina, Pequenos Grupos, Desbravadores, etc...
Quando não criamos no lar uma atmosfera facilitadora do aprendizado cristão
A TV proporcionará aprendizado nocivo, a rua o fará, más companhias, internet, ...
Quando nos tornamos, pelo nosso comportamento, em pedra de tropeço
Crianças sempre estão antenadas, conectadas, permanentemente ligadas no que os adultos fazem.
Quando impedimos que tomem a decisão por entregar-se a Jesus.
De certa maneira agimos como os discípulos quando impedimos juvenis conscientes e preparados para batizarem-se.  Não demonstramos como os discípulos, alegria por desejarem se aproximar de Jesus. Quando pequenos querem ver Jesus e se os impedimos... quando adultos podem crucifica-lo.

2.    CRIANÇA COMO BEBÊ ESPIRITUAL

Jesus tratou esta questão de forma tão séria que pouco antes deste fato que estudamos Ele disse aos discípulos: “quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho e fosse lançado ao mar” (Mc 9:42).

PEDRAS DE TROPEÇO PARA NOVOS NA FÉ

Falta de exemplo em questões espirituais.
Não existe coisa pior do que alguém que está começando sua caminhada espiritual ver um ‘adulto’ na fé cometendo erros peculiares de crianças.
Falta de compreensão de que é alguém em crescimento espiritual.
Muitas vezes não compreendemos que as pessoas precisam acostumar-se com a nova vida e que vão enfrentar oscilações. É normal que uma criança erre sucessivas vezes antes de aprender como e quando fazer.
Falta de atendimento ás necessidades emocionais e relacionais
Uma criança que não é atendida em suas necessidades de afeto, amor e atenção torna-se um adulto problemático. A mesma coisa acontece com as crianças espirituais.
Quando não os ensinamos a serem cristãos já no começo da caminhada.
Muitos apenas mostram os conhecimentos da Palavra de Deus até o momento que a pessoa possa estar apta a tomar a decisão pelo batismo. Não nos preocupamos em ensina-los e incentiva-los a ter uma vida de comunhão com Deus, realizarem o culto familiar, estudarem a lição da escola Sabatina, fazer o culto de por do sol ou dar um estudo bíblico. Deixamos tudo isso para depois do batismo. É como se trocassemos os pais da criança quando ela atinge uma certa idade. Vai dar certo? A pessoas geralmente ensinam da maneira com que foram ensinadas.

3.    CRIANÇA COMO O INTERESSADO
Assim como a criança o interessado também está aprendendo a conhecer a Jesus e dEle depender. Ainda não se tornou filho mas já considera ser adotado...

PEDRAS DE TROPEÇO PARA INTERESSADOS
Não viver o que prega
Nosso maior testemunho é nossa maneira de viver. Conhecimento sem prática leva á hipocrisia tão condenada por Jesus. A sinceridade das crianças é uma das características que Jesus queria ressaltar como faltantes nos judeus.
Falta de carinho e amor cristão
Uma criança sem amor torna-se um adulto extremamente problemático. Quando interessados não vêem o amor cristão na prática até preferem buscar igrejas sem a verdade mas com amor de verdade.
Pouca ou nenhuma atenção
Crianças só gostam e se sentem seguras com pessoas que lhes sorriem e lhes deêm atenção. De igual modo interessados não voltam se não são tratados como importantes e suas dificuldades como urgentes.
Desinteresse pelos afastados
Não há nada que afaste mais as pessoas do que mostrar desconhecimento ou desinteresse por aqueles que se afastaram. Isto cria insegurança e falta de convicção na verdade. Naturalmente a pessoa pensará: Se é assim com que já foi poderá ser comigo quando eu falhar... Uma criança precisa de segurança e seu espirito perdoador é marcante.

CONCLUSÃO

1.    As crianças são exemplo para nós no que tange à entrada no Reino de Deus
Nossa missão é levar pessoas para o Reino de Deus. Nossos filhos, nossos amigos, vizinhos, etc. Este deve ser nosso maior desejo. A Igreja não é fim do processo é o meio que leva ao fim. Nossa preocupação desde nossos filhos, passando pelos recém conversos até aos interessados é vê-los nos céus juntamente de nós.
2.    As crianças precisam hoje da bênção de Jesus por meio do nosso abraço e das nossas mãos (v. 16 “então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava”). Quem é hoje,  para a criança, o colo de Jesus, o abraço de Jesus, o chamego de Jesus, o beijo de Jesus, a palavra amiga de Jesus,  o toque abençoador de Jesus? Somos o exemplo de Cristo hoje para nossos filhos, nossos amigos, etc.
3.    A criança é a Igreja de hoje, e não a Igreja de amanhã como fomos ensinados. Nossos filhos, nossos novos irmãos e nossos futuros irmãos são a Igreja do presente. Porque se não estamos trabalhando com o que temos agora jamais teremos futuro.

APELO

"Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-se e ao levantar-se. Também as atarás como sinal na tua mão e serão por frontal entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas". Deuteronômio 6:6-9
- Inculcar no hebraico significa costurar no coração. Você pretende inculcar as palavras que você ouviu neste sermão nos teus filhos, novos irmãos e futuros irmãos?




Paulo Lopes

Associação Catarinense IASD

JOVEM RICO

Texto: Marcos 10:17-22 Sermão analítico. Cleidson Corsino da Silva * Introdução: Aqui está um homem, um jovem ou ainda melho...