PR. ALEJANDRO BULLóN
O texto da mensagem de hoje está em São Mateus 25:14-18:
"Pois como será o homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos
e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro
um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então partiu. O que recebera
cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do
mesmo modo o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que recebera um,
saindo abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor." A lição básica
da parábola dos dez talentos é a produtividade, e chamemos de produtividade a
uma vida vitoriosa, de transformação de caráter ou de aquisição de virtudes da
vida cristã. Enfim, a produtividade na vida do cristão, depende do tipo de
relação que o servo tem com o seu Senhor. Os dois primeiros servos da parábola
tinham uma relação de amor e confiança para com seu Senhor. O Senhor acreditava
neles e eles o amavam, respeitavam e admiravam.
Então, quando o Senhor foi
embora, eles trabalharam com os talentos que o Senhor lhes deixou. E quando
voltou, eles tinham o dobro, como fruto do trabalho das suas mãos. Mas sua
produtividade estava ligada ao tipo de relacionamento que tinham com o Senhor.
Já o caso do terceiro servo é completamente diferente. O terceiro servo era um
poço de amargura, de ressentimento, de ódio disfarçado. Era servo. Servia,
trabalhava para o Senhor, mas no fundo, desejava vê-lo morto. No fundo, falava
mal dele, não acreditava nele. E todo esse poço de veneno, pode ser resumido
nos versículos 24 e 25 do capítulo 25 do livro de Mateus: "Chegando, por
fim, o que recebera um talento, disse: "Senhor, sabendo que és homem
severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhates, receoso,
escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu." Um servo com medo
nunca poderá ser um servo produtivo. A primeira coisa que um servo precisa para
produzir, é sentir-se amado, compreendido, aceito. O fruto do sentimento
maravilhoso de sentir-se aceito, será a produtividade. Esta Parábola encerra
uma das mensagens mais solenes que o cristão precisa entender: o tipo de
relacionamento que Deus quer ter com o ser humano. Às vezes nós nos unimos a
uma Igreja pensando que estamos tornando-nos cristãos.
No entanto, nunca
descobrimos o que é cristianismo. Passamos a vida toda freqüentando uma igreja
chamada cristã, mas nunca experimentamos o gozo da vida cristã. Voltemos por um
instante ao Jardim do Éden, quando Deus criou Adão e Eva. Ele não os criou para
serem robôs programados para obedecer. Deus os criou para que fossem seus
filhos. Deus não quer escravos, quer filhos; seres humanos realizados,
valorizados, amados, compreendidos. Se olharmos para a Bíblia, veremos que o
relacionamento que Deus teve com Adão e Eva, foi um relacionamento de pai para
filho. Todos os dias Deus chegava ao jardim e Adão e Eva jogavam-se nos braços
do Pai. Havia uma relação de confiança, de amor, de companheirismo. Sabe quando
apareceu o medo? Quando o ser humano tentou fazer-se o deus de sua própria
vida. Quando ele usou mal a liberdade que Deus lhe confiara. Porque parte do
amor de Deus era a liberdade. Deus nunca poderia dizer "eu amo meu
filho", se o tivesse criado sem liberdade.
A expressão de seu amor era a
liberdade. Liberdade para fazer o bem ou para fazer o mal. Tem muita gente hoje
que pergunta: "Pastor, se Deus sabia que o homem ia pecar, por que que
colocou no Jardim do Éden uma árvore da ciência do bem e do mal? Por que
colocou a possibilidade do mal?" Meu amigo, veja bem, se Deus, ao criar o
mundo não tivesse colocado diante do homem a possibilidade do mal, o ser humano
não seria livre. O ser humano seria escravo do bem. Ele seria bom unicamente
porque não existia a possibilidade de ser mau. Ele não teria liberdade, não poderia
escolher. Seria como um animal dominado pelo instinto para um determinado tipo
de vida, incapaz de decidir. Foi por isso que Deus criou o ser humano livre.
Mas, quando ele usou mal a sua liberdade, o texto bíblico nos relata que:
"Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do
dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre
as árvores do jardim." (Gênesis 3:8) Então veio a grande pergunda que
vemos no verso seguinte: "E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou:
onde estás?" (Gênesis 3:9) E desde aquele dia a grande pergunta de Deus
tem sido: "Pedro, onde está você? Francisco, Aparecida, Rosa, Maria,
Juliana, José, Rubens, onde está você?" E aí vem a resposta do homem.
Escondido atrás da árvore, seminu, com vergonha, arruinado, quebrado por
dentro, culpado, atormentado pela consciência: "Senhor, tive medo e me
escondi." Meu querido, num cristianismo sadio, não pode haver lugar para o
medo. O medo é fruto do pecado. Antes da entrada do pecado não existia medo.
Deus nunca desejou que no relacionamento que Ele tivesse com Seus filhos,
existisse a palavra medo. O medo é fruto do pecado. O que acontece em nossos
dias, porém, em nome de Deus e em nome da religião? Muitos líderes religiosos
estão criando a religião do medo. Ensinam a temer a Deus, ensinam a ver Deus
como aquele soberano sentado em Seu trono, com uma vara na mão, olhando para a
Terra, com o objetivo de ver quem é o malcriado que se comporta mal, para
castigá-lo. Desde criancinhas crescemos com este conceito: se eu for bom, Deus
me ama. Se eu não for bom, Deus não me ama. E crescemos pensando assim. E um
dia você bate com o carro e a primeira coisa que imagina é: "o que estará
errado em minha vida?" Alguém fica doente em sua família e a primeira
coisa que você imagina é: "Que pecado oculto haverá em minha vida para que
a doença atinja minha família?" Você perde o emprego, e o primeiro
pensamento que lhe passa pela cabeça é "Deus está me castigando, porque
fiz isto ou aquilo". O inimigo é terrível! Quando alguma provação chega à
sua vida, quando surge algum momento difícil, imediatamente ele faz você
lembrar de todas as coisas erradas de seu passado. E a conclusão a que você
chega é: eu não presto, estou sofrendo porque Deus está me castigando, não
posso orar a Deus porque Ele não ouvirá minha oração. Querido, a religião do
medo é a pior coisa que pode acontecer nesta vida. Sabe por quê? Porque o
inimigo vai fazer de tudo para levar você para uma vida de pecado e miséria.
Mas, se o inimigo não puder mantê-lo no erro, então vai permitir que você volte
para Deus, pelos motivos errados. E um dos motivos errados para você se
aproximar de Deus, é o medo. Você nunca pode se aproximar de Deus pelo medo. É
por isso que se você é um líder religioso, não pode levar a Igreja a um
reavivamento autêntico, provocando medo nas pessoas: "Ah, temos que nos
preparar porque os juizos de Deus já estão chegando! Temos que mudar de vida
porque senão seremos atingidos pela ira de Deus! Temos que nos preparar porque
talvez no ano 2000 Cristo volte à Terra!" Não! Se você se preparar por
medo, sua preparação não vale nada. Se você se aproximar de Deus por medo, seu
cristianismo não vale nada.
Por medo, unir-se a uma Igreja, ser batizado e
tentar cumprir tudo que Deus pede, não vale. Por medo, para não sofrer os
castigos de Deus, para não receber a maldição, para que tudo vá bem! Mas, sabe
quando você vai ver a fragilidade de sua triste religião? Quando chegar o
momento da pressão, da provação, das dificuldades. O terceiro servo da parábola
não sabia que tinha medo de Deus. Ele pensava que era mais um servo, mais um
membro da Igreja. Ele não sabia que odiava Seu Mestre. Ele não estava
consciente do conceito que ele tinha de Deus. As acusações que saíram de sua
boca, os impropérios de seu coração apareceram quando chegou o momento do
ajuste de contas. Quando viu que o servo que recebera cinco devolvera dez; o
que recebera, dois devolvera quatro; e ele que recebera um, não tinha nada. Foi
aí que ele confrontou-se com a sua realidade. Ele não amava seu Senhor. Tinha
um monte de acusações. Na sua opinião, o senhor era injusto: colhia o que não
havia plantado! Cobrava o que não havia semeado. Então disse: "...
receoso, escondi na terra o teu talento." (Mateus 25:25) A minha pergunta
é: "qual é o tipo de cristianismo que você pratica? Você tem medo de Deus
ou é atraído a Ele pelo seu maravilhoso amor? Que tipo de cristianismo lhe
ensinaram? Pois, desde o momento que você entrou na Igreja, tem que se portar
direitinho, porque, senão , você poderá receber os castigos divinos? É este o
tipo de cristianismo que lhe ensinaram? Então você não entendeu o Evangelho,
porque o cristianismo é um relacionamento de amor com o Senhor Jesus.
Cristianismo é enamorar-se de Jesus, apaixonar-se por Jesus, entregar-Lhe a
vida. Colocar a mão no braço de Jesus e dizer assim: "Senhor, leva-me
pelos caminhos desta vida." Você não pode querer portar-se bem para ser
amado. Precisa, primeiro, ser amado para poder portar-se bem. O filho que sente
o amor do Pai é o que melhor se desenvolve. Não teme o futuro nem os desafios
porque sabe que está ao lado do Pai e Ele o ama com um amor incondicional. A
produtividade na vida cristã depende do tipo de relacionamento que você tem com
Jesus. Você acha que só porque caiu uma vez, Deus o detestou? Você acha que
porque escorregou cinco, dez vezes, Deus não acredita mais em você? Ah,
querido, a Bíblia está cheia de exemplos, de um Pai que espera, que procura,
que chama e que não perde as esperanças. Aceite este amor hoje mesmo.
AMOR LOUCO Letra e Musica: Amy Grant, Gary Chapman, Sloan Towner, Brown Bannister e Michael W. Smith Eis-me aqui, mais uma vez. Não Te cansas de escutar-me: "Outra vez cai." Eis a oração que Te farei, sinto muito tanta dor que Te causei, oh! Deus! Com pecados sucessivos, pois jamais mudei. E entretanto, me perdoas e me envolves com amor uma vez mais. É Teu grande amor, que nunca me deixará não posso entender sua imensidão. E esse amor baniu todo mal de mim, Oh! quão grande é Teu amor. Outra vez não pude ver, antes que Te conhecesse Teu amor senti. Chorando estou e Tu também porque vejo as promessas que jamais cumpri, por palavras digo: "Creio", mas não tenho fé. E entretanto me perdoas e me envolves co'amor uma vez mais. É Teu grande amor, que nunca me deixará não posso entender Sua imensidão. E esse amor baniu todo mal de mim, oh! quão grande é Teu amor. É Teu grande amor, que nunca me deixará não posso entender Sua mensidão. E esse amor baniu todo mal de mim, Não me faltará eu sei, Te conheço afinal. Não posso viver sem Teu amor! É Teu grande amor, que nunca me deixará!
ORAÇÃO Pai querido, obrigado por Teu amor infinito. Ah, Senhor, nunca poderemos entender a imensidão deste Amor, mas, obrigado, porque o que seria de nós se não nos amasses tanto. Agora, aceita esta oração e a oração sincera de tantas pessoas que estão falando em seus corações Contigo, aí onde estão. Em nome de Jesus. Amém.