terça-feira, 8 de abril de 2014

A JUSTIÇA DE DEUS


Naum 1: 1-15
Tema: A justiça de Deus
Título: A  Manifestação da Justiça de Deus
Propósito Específico: Levar os ouvintes a descansar nos braças de um Deus justo.
Propósito Geral: Doutrina.


INTRODUÇÃO

1.     Saudação: Sinto-me privilegiado por poder me dirigir a vocês nesta manhã com a mensagem da palavra de Deus.
2.     Frase Alusiva: Nem sempre compreendemos a forma de Deus agir. É por isto que com certa frequência alguns perguntam: Deus está sendo justo para comigo?
3.     Texto: O texto que vamos analisar se encontra em Naum 1: 1-15, porém antes de ler quero explicar-lhes o contexto que estava por trás deste livro.
Contexto: O povo de Judá nesta ocasião estava sob o domínio dos assírios. A Assíria transformou Judá quase num estado vassalo. Por isso, na mente do povo judeu surgiram alguns questionamentos a respeito da justiça de Deus:
a.     Porque a Assíria prospera e nós regredimos?
b.     Esqueceu-se Deus de Judá?
c.     As promessas de Deus são inúteis?
d.     É Deus justo na Sua forma de agir?
                        i.     Deus enviou o profeta Naum, cujo nome significa consolação, para dar uma mensagem de consolo ao seu povo: “Nínive cairá, Judá será liberta”.
4.     Proposição: Deus é sempre justo na Sua forma de agir, tanto para com o ímpio, como para com o Seu povo.
5.     Pergunta de transição: Como se manifesta a justiça de Deus tanto com os ímpios como com o Seu povo?
6.     Frase de transição: Podemos comprovar que Deus é justo analisando como se manifesta a sua justiça no capítulo 1 de Naum. Analisaremos três características da justiça de Deus.
7.     Palavra chave: Características.


I. A MANIFESTAÇÃO DA JUSTIÇA NA IRA DE DEUS

1.Lição: Aqueles que negligenciam a misericórdia de Deus, um dia conhecerão sua ira.
2.Texto prova: v 1-3(p p) e 11
a)  A Assíria havia pecado, desconsiderando a Deus.
b)  O v 11 diz que havia saído um conselheiro vil de Nínive maquinando o mal contra o Senhor. A palavra vil, pode ser traduzida por maligno, sugere algo demoníaco. É uma referência a um dos reis ímpios da Assíria e sua ação arrogante contra Deus.
c)   O v 3 diz que o senhor é tardio em irar-se. O senhor dá amplo tempo de oportunidade para que o pecador se arrependa.
(1)No dilúvio: foram 120 anos de   oportunidade.
(2)Lúcifer: “Com grande misericórdia, de acordo com Seu caráter divino, Deus suportou longamente a Lúcifer”.GC, 503 e 504.
(3)Deus demora a manifestação de sua ira contra o pecado e o pecador, porque não quer que “nenhum pereça”.2 Ped 2:9
d)  Mas, o mesmo verso diz que o Senhor é grande em poder e jamais inocenta o pecado.
(1)A paciência de Deus nunca
implica que Ele seja fraco ou que feche os olhos para o mal.
(2)Passado o tempo de oportunidade a Assíria seria chamada para prestar contas a Deus.
3.Ilustração: São passados mais de dois mil anos de oportunidade dada por Deus ao ser humano após a morte de Cristo. Até quando esta oportunidade vai continuar? Um Deus santo deve julgar o pecado.
4.Aplicação: É perigoso demais brincar com o pecado. Se não deixarmos Deus destruir o pecado de nossa vida hoje, seremos destruídos com ele ao final. Em Jesus você pode vencer todo pecado. Busque-o agora mesmo.

II. A MANIFESTAÇÃO DA JUSTIÇA NA MISERICÓRDIA DE DEUS:

1.Lição: A justiça salvadora de Deus liberta os que confiam em Suas promessas.
2.Texto Prova: Versos 7 e 13.
a.   Deus prometeu que Judá seria liberta ao confiar nEle.   No momento certo Deus libertou o Seu povo da opressão assíria.
b.   Uma das perguntas que o povo de Deus no passado fazia e que também é muito freqüente hoje é: Se Deus é justo, porque Ele permite que o Seu povo receba angústias e provas?
c.   O texto que lemos diz que Deus é bom. O termo denota a benevolência do Senhor como a fonte de todo verdadeiro bem estar e prosperidade do ser humano.
d.   Diz ainda que o Senhor é uma fortaleza na angústia. Não estamos sós quando enfrentamos provas. Deus é uma fortaleza inexpugnável ao nosso lado.
e.   Além disso, o texto mostra que o Senhor conhece os que nEle se refugiam. O Senhor conhece exatamente o que necessitamos para nos prepararmos para o Céu.
f.    As provas vêm sobre nós como obreiras de Deus, operando em favor de nossa salvação. PR, 578
g.   É bom ainda lembrar que “todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”.Rom 8:28
3.    Ilustração: Na minha experiência tenho muitas vezes visto que realmente Deus é bom e justo. E que transforma as tragédias humanas em bênçãos para os Seus filhos.
Perdi o meu pai com apenas 2,5 anos de idade. Meu pai morreu com apenas 39 anos e minha mãe ficou viúva aos 34. Ficamos 7 filhos órfãos de pai, a irmã  mais velha com 15 anos e a mais nova com apenas três dias de vida. O mundo havia desabado sobre nossas cabeças. Naquele momento se alguém nos dissesse que Deus é misericordioso e justo, não iríamos entender, e muito menos que todas as coisas cooperam para o bem. Passados três anos, minha mãe conheceu um homem que tinha algumas semelhanças com meu pai e outras diferenças. Tinham a mesma idade, mesmo apelido, mas, enquanto meu pai, embora sincero, não conhecia a palavra de Deus, esse homem com quem a minha mãe se casou era um fiel estudioso da palavra de Deus. Por vários anos ele havia guardado o sábado sem saber que havia igreja que guardava o sábado, apenas por ler a Bíblia. Mais tarde conheceu a igreja adventista e se batizou. Nesse intere, casou-se com minha mãe e não apenas nos adotou como filhos e administrou os bens da família, mas principalmente nos ensinou do evangelho. Se a nossa família hoje conhece a Deus e se eu sou um pastor, é graças a esse Deus misericordioso, capaz de transformar as tragédias humanas em bênçãos.  Esse Deus é misericordioso e justo.
4.   Aplicação: Está você passando por alguma prova ou luta humanamente difícil? Descanse nos braços de Deus, Ele sabe o que é melhor para você. Lembre-se: Deus é sábio demais para errar e bom demais para negar uma benção aos Seus filhos. Se pudéssemos ver o fim desde o começo, iríamos escolher passar pelo mesmo caminho que Deus nos está conduzindo, porque é o melhor caminho para nos levar ao Céu.



III. A MANIFESTAÇÀO DA JUSTIÇA NA DESTRUIÇÃO FINAL DO PECADO:

1.Lição: A forma como Deus lida com o pecado é de molde a que o pecado um dia não exista mais.
2.Texto prova: v 9(up) e 15.
a.   O verso 9 diz que a angústia não iria se levantar por duas vezes.
b.   Para o povo de Judá a angústia representava a presença e domínio da Assíria.
c.   Deus prometeu libertar o Seu povo e destruir os inimigos, os Assírios e toda a cidade de Nínive. Esta profecia foi cumprida quando em 612 AC Nínive foi tomada pelos medos, babilônios e citas, e finalmente quando no segundo século AD foi totalmente destruída, chegando até a localização da mesma se tornar incerta.
d.   Se para o povo de Judá a angústia era representada pela Assíria, para o povo de Deus hoje a angústia é representada pala existência do pecado.
e.   A angústia do pecado em breve não perturbará nunca mais o universo de Deus.
f.    Satanás e o pecado foram derrotados na cruz e sua destruição é apenas uma questão de tempo. A angústia não se levantará por duas vezes.
g.   Esta de fato é uma mensagem de boas novas para o ser humano que vive oprimido pelo sofrimento de um mundo de pecado. Este é um anúncio de paz. Deus no verso 15 orienta Seu povo a viver feliz, na certeza da vitória em Cristo. Eles achavam que não havia motivos para a festa e a alegria. Deus, porém diz: “se alegrem, pois o homem viu será totalmente exterminado”.
h.  Nós somos portadores de boas notícias. Nenhum povo tem promessas tão certas. A vitória é certa para o povo de Deus. Neste caso, devemos viver com os olhos voltados para a vitória final. Em outras palavras, devemos analisar todas as coisas com vistas à eternidade. 
i.    Paulo diz: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”. I Cor 15: 19. Nossos olhos devem estar voltados para a vitória certa e final. Para o momento quando o pecado não mais existirá.
3.    Ilustração: Quando eu estava no meu último ano de teologia, um dia recebi a ligação de uma irmã minha com uma triste notícia. Ela disse “venha rápido para casa porque nosso tio está nos seus últimos momentos de vida. Se você quer vê-lo em vida, venha rápido”. À medida em que viajava, fui planejando palavras para confortar minha tia quando chegasse à sua casa. Quando lá cheguei, a cena que vi foi tão triste que esqueci tudo que eu havia planejado. Meu tio era um homem forte, acostumado com as lides da fazenda, mas havia sido totalmente comido por um câncer. Era apenas pele e osso, respirava mal e estava num estado de pré - coma. Estava quase irreconhecível. Abalado, saí do quarto e fui para a varanda da cozinha. Senti de repente que alguém me tocou, era a minha tia. Ela disse: “filho, quero lhe dizer que tenho pelo menos duas razões para ainda agradecer a Deus. Primeiro, o Anísio não está sentindo dores, e em segundo lugar agradeço a Deus porque tenho a certeza de que dentro de pouco tempo haveremos de reencontrar o Anísio na manhã da ressurreição. Ele estará descansando nos braços de Deus”. A princípio, fiquei constrangido e envergonhado. Mas passei a entender que os olhos de minha tia não estavam postos apenas no sofrimento, nas noites mal dormidas, na doença ou mesmo na morte que se aproximava. Seus olhos estavam postos na vitória final em Cristo. Seus olhos estavam postos na eternidade. Sabia que o mal não se levantará por duas vezes. Confiava no triunfo final e certo da justiça e da soberania de Deus. 
4.   Aplicação: Onde estão os seus olhos, quando a escuridão alcança sua vida? Você tem duas opções: Olhar para você mesmo, para as circunstâncias adversas, enchendo-se de  desesperança.  Ou olhar para Cristo e para a eternidade que nos aguarda. Descanse nos braços de um Deus justo


CONCLUSÃO

1.     Recaptulação: Quando a misericórdia de Deus é longamente negligenciada, ela dá lugar à justa ira divina contra o pecado. Em Sua justa misericórdia, Deus liberta e salva os que confiam em Suas promessas. Por ser justo Deus aniquilará com o pecado ao final, libertando-nos das conseqüências de um mundo mal.
2.     Aplicação: Você tem duas opções diante da mensagem que aprendemos da palavra de Deus: A primeira é lançar-se com confiança nos braços de Deus, reconhecendo-o como justo. A segunda opção é tentar lutar sozinho, negligenciando a misericórdia de Deus. Que opção você escolherá?
3.     Persuasão: A minha tia já mencionada anteriormente, morreu em julho do ano 2.000. Mas as suas últimas palavras foram de confiança no Senhor. Era um domingo a noite. Após o culto os membros se reuniram para um jantar de confraternização. De repente ela começou a sentir náuseas, tontura e uma forte dor no peito. Os filhos a levaram às pressas para o hospital, mas no percurso de dez minutos ela não resistiu e faleceu. Porém, suas últimas palavras demonstraram a confiança que ela tinha em Deus. Quando ela viu o choro dos filhos dentro do carro suas palavras finais foram: “Filhos, não precisam chorar por mim, apenas orem”. Alguém que viveu uma vida de confiança em Deus só podia terminar a vida descansando nos justos braços de um Deus de amor!
4.     Chamado: Quer você neste momento fazer um voto de confiança no Senhor? Se este é o seu desejo, te convido a colocar-se de joelhos, enquanto a música estiver sendo cantada, dizendo: Senhor, renovo meu voto de confiança em Tua sabedoria e justiça. Toma minha vida em Tuas mãos.



Pr. Jolivê Chaves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

JOVEM RICO

Texto: Marcos 10:17-22 Sermão analítico. Cleidson Corsino da Silva * Introdução: Aqui está um homem, um jovem ou ainda melho...