Êxodo 15:22-27
INTRODUÇÃO
- Saudação: Que bom é nos encontrarmos nesta ocasião! Com emoção aguardamos cada sábado, pois é dia
que encontramos Deus, os irmãos e a Bíblia – todos junto!
- Frase alusiva: Vivemos em um mundo
cheio de problemas e crises. Ansiamos por encontrar respostas para os
problemas que nos sobrevêm.
- Texto: Trago-lhes, nesta
oportunidade a Palavra de Deus, para que nos oriente. O texto é Êxodo
15:22-27.
- Neste
texto alcançamos os ex-escravos hebreus em sua marcha rumo à Terra Prometida,
quando desciam para o sul da Península do Sinai, justamente quando não
podiam mais prosseguir.
- Somavam
perto de três milhões de pessoas, incluindo homens, mulheres, idosos,
crianças, mulheres grávidas e bebês de colo. Eles estavam em apuros. Não
haviam encontrado fontes de águas há três dias.
- Por
outro lado, eles haviam assistido e participado do grande livramento do
Senhor.
1. Deus
havia respondido a faraó com as dez pragas quando este o desafiou dizendo:
“Quem é o Senhor?” E eles ficaram ilesos.
2. Deus,
no momento crucial, abrira o Mar de Juncos para dar passagem em seco ao Seu
povo, enquanto todos os inimigos foram sumariamente executados.
- “Em tempos de necessidade, quando sua fé
era submetida à teste, Israel recebeu sinais dos cuidados e da proteção de
Deus” (Oxford Annotated Bible).
Há uma idéia principal que se
depreende do texto:
- Proposição: Obedecer às
orientações de Deus é o segredo para ver crises transformadas em bênçãos.
- Pergunta de transição: Que
situações são apresentadas nesta passagem para sustentar que obedecer a
Deus é o caminho para ver crises transformadas em bênçãos?
- Frase de transição: A passagem
demonstra a relação entre obediência e bênçãos, analisando três situações:
I. O PROBLEMA: ÁGUAS AMARGAS
- Lição: O homem depende de Deus
para resolver suas crises.
- Texto Prova: Esta lição pode ser
obtida nos versos 23 e 24, onde fica demonstrado o fracasso e o desespero
humano em seu esforço para resolver suas crises à parte de Deus. O
contexto sugere três angustiosos dias de buscas infrutíferas.
a.
Verso 23: Afinal chegaram a Mara, mas a água era
amarga. Não dava para beber. Se os estudiosos estiverem certos, e a fonte
encontrada for a atual Ain Honqrah,
então eles estavam a 76 Km a sudoeste de Suez, descendo para o sul, ao longo do
Mar Vermelho, mas distante cerca de 11 km de sua costa.
b.
Verso 24. E o povo murmurou. Literalmente “resmungou”.
A murmuração tornou-se um
dos temas secundários do livro do Êxodo.
Neste caso como nos demais a murmuração se deveu à falta de fé na
provisão divina.
1. O povo resmungou
contra Moisés, a quem Deus apontara como líder. Eram profundamente
privilegiados, mas as dificuldades prontamente induziram-nos a impugnar o
escolhido de Deus.
2. O povo resmungou
contra Deus, implicitamente. Achava-se em estado de profunda degradação mental,
devido sua longa e opressiva vassalagem e não tinha firmeza de caráter. Não
conseguia perceber que Deus o estava conduzindo apesar dos grandes eventos
daquela mesma semana.
3.
Ilustração: “Deus
quer que Seu povo nestes dias reveja com humilde coração e espírito dócil às
provações pelas quais passou o antigo Israel, afim de que possa instruir-se em
seu preparo para a Canaã celestial” PP, 297.
4.
Aplicação:
Os desertos abrigam populações muito rarefeitas e não podem suportar muita
gente. Assim, metaforicamente, os desertos representam a escassez e aridez
espiritual. Nosso mundo é assim. Um lugar onde não há água que satisfaça
plenamente, pois as fontes são amargas pela presença do pecado. De fato, esta
afirmação nos remete à segunda situação que estamos analisando na tentativa de
percebermos a relação entre obediência e bênção.
II – A SOLUÇÃO: ÁGUA DOCE
1. Lição: Quando
obedecemos às orientações de Deus, podemos esperar pelo milagre.
2. Texto
Prova: Lemos nos versos 25 e 26 que Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor
mostrou-lhe exatamente o que fazer. Tendo obedecido, Deus comunicou uma
ordenança e provou o povo.
a. Mostrou – expressão que é a raiz de onde
se deriva a palavra “Torah", lei para os judeus, e que bem poderia ser
traduzido por instrução. Aqui, o
conhecimento de um meio de bênção e salvação é chamado “torah”.
b. Uma
árvore amarga fez tornar-se doce às águas amargas, mediante uma instrução
divina em resposta à obediência.
1.Há indicações que no
Peru existe uma árvore com propriedades parecidas, mas os viajantes da
Península do Sinai nunca poderiam sabê-lo. (Rodapé Bíblia Vida Nova).
1.
Comentaristas medievais e seus discípulos de hoje,
relacionam alguma tipologia aqui. Embora isso não possa ser demonstrado
exegeticamente, é razoável em caráter ilustrativo, como veremos mais adiante.
Voltando ao texto lemos que:
c.
Deu-lhes estatutos
e ordenanças, para assegurar-lhes que, se obedecessem, Deus os livraria de
todo o mal, da mesma maneira que havia adoçado a água.
d.
E ali os provou -
Deus nos põe a prova, não só por meio de aflições, mas também por meio de
bênçãos. Estas bênçãos implicam em se manter obedientes, apesar de livres da
escravidão.
3. Ilustração: Tipologicamente o milagre das águas
amargas pode ser assim aplicado:
a. As águas de Mara ficavam bem no caminho por onde o Senhor
estava conduzindo Israel, e representam as provações que o povo de Deus precisa
enfrentar, provações estas que são didáticas e não punitivas.
b. A
árvore simboliza a cruz que se tornou doce para Cristo como expressão da vontade
do Pai – Jo. 18:11
c.
Quando aceitamos as nossas “Maras” com a atitude que
Cristo teve, lançamos a árvore em nossas águas. Rm. 5:3 e4.
d.
Quando não obedecemos e rejeitamos a árvore curadora, perdemos a bênção de ver
a amargura tornando-se doce.
4. Aplicação: Assim como as águas amargas se tornaram doces
e mataram a sede do povo, vidas amarguradas podem experimentar o milagre se
houver disposição para a obediência irrestrita às orientações de Deus. O
resultado desta escolha é o que analisaremos a seguir, na terceira situação.
III – O
RESULTADO –ÁGUA ABUNDANTE
1. Lição: A bênção aos que obedecem, é
sempre maior do que a crise. Sempre sobra para repartir.
2. Texto Prova: O verso 27 nos informa que
após o milagre das águas amargas, o povo de Deus pode seguir seu caminho. Em
seguida, chegaram a Elim, que em hebraico significa “árvores”.
a)
Estudiosos identificam Elim como o exuberante Wadi Gharandel, a onze Km ao sul de
Mara, na direção do Sinai.
b)
Os israelitas encontraram não apenas uma fonte, mas um
aprazível oásis com setenta palmeiras e com tantas fontes quantas eram as
tribos de Israel. Uma fonte em Mara tinha sido motivo de festa. Agora tinham 12
fontes de água viva!
c)
Ali Israel estabeleceu seu primeiro acampamento de
verão (e que verão!), que durou um mês inteiro.
3. Ilustração: Jesus ensinou a verdade da
bênção abundante em seu diálogo com a mulher samaritana. Em João 4:14 nós quase
podemos ouvi-lo dizendo: “Aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais
terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte que jorra
para a vida eterna”.
4. Aplicação: Os que recebem a bênção
divina, não devem considerar como já tendo chegado ao final da jornada. Antes,
estão a caminho de algo muito melhor. Estão também melhor preparados para
exercer uma influência de bênção a outros viajantes.
CONCLUSÃO
1.
Recapitulação: No
caminho da terra prometida, pouco depois do grande livramento dos israelitas do
cativeiro egípcio, o povo de Deus enfrentou mais um desafio. Sem água e sem fé,
murmuraram. Moisés clamou a Deus, e o Senhor disse o que fazer. A obediência
irrestrita às orientações de divinas, foi fator determinante para a Sua atuação
miraculosa. Deus agiu, e a bênção foi abundante.
2.
Aplicação: A
experiência do povo de Deus proveu lições valiosas que podem nos ajudar em
nossa própria peregrinação no deserto desta vida, enquanto rumamos à eterna
Terra Prometida:
a)
Não podemos resolver nossas crises com nossas próprias
forças. A murmuração nunca foi e não é a saída para resolver crises.
b)
Obediência é a resposta que demonstra que cremos que
Deus vai agir.
c)
Ao recebermos a Bênção, temos o compromisso de nos
converter em fontes de bênçãos aos outros viajantes do deserto da vida.
3.
Apelo: Receio
que todos nós precisemos crescer na experiência da obediência. Você consegue se
lembrar de algum ponto em sua vida cristã onde a obediência ainda não está
acontecendo? Existe alguém entre nós que
sente que precisa da ajuda de Deus para sair daqui hoje um servo bom e fiel?
Gostaria de orar por você!
.
Paulo Gustavo Orling Alves
ASSOCIAÇÃO CATARINENSE IASD
Nenhum comentário:
Postar um comentário