PR. ALEJANDRO BULLóN
Recebi, outro dia, a ligação telefônica de um pai
desesperado por causa da morte de seu filho de 18 anos. Uma jovem vida, cheia
de sonhos e expectativas, tinha sido inesperadamente interrompida pela morte,
num trágico acidente de trânsito. Como ajudar um pai nessas circunstâncias?
Aquele pai me dizia com voz embargada: "Pastor - se ao menos eu soubesse
com certeza onde está meu filho! Mas cada um me dá uma versão diferente. Uns
dizem que o espírito dele continuará sofrendo enquanto eu não saldar todas as
dívidas dele. Outros afirmam que ele reencarnou em outra vida e que hoje é mais
feliz do que a gente. E há ainda outros que me aconselham a confiar em Deus
porque, segundo eles, se meu filho foi bom, está no paraíso e se não, que Deus
tenha piedade dele. Depois disso tudo" - continuou falando o homem -
"eu já não sei mais o que fazer, nem o que pensar. Por favor, me
ajude!" O clamor deste pai, é o clamor desesperado do ser humano de todos
os tempos. Para onde vão as pessoas quando morrem? O que acontece com elas?
Existe vida após a morte? Podemos afirmar, pela Bíblia, que existe reencarnação
ou diálogo com os espíritos dos mortos? O livro de Apocalipse é uma solene
advertência ao homem que vive nos dias de hoje. Afinal, o inimigo usará como
instrumento poderoso para enganar aos homens tudo o que estiver relacionado com
o estado dos mortos. Sabemos que o diabo usará todos os recursos que estiverem
ao seu alcance para levar o ser humano a adorar qualquer coisa e obedecer a
qualquer um, menos a Deus. Houve um período na História em que, através do
poder romano dos Césares e imperadores, o diabo usou a força, a perseguição e a
morte para forçar a consciência. Mais tarde, usou o poder religioso para
deturpar a Palavra de Deus e perseguir os "hereges", cuja única
"heresia" era adorar ao Deus verdadeiro e obedecer à Sua Palavra.
Posteriormente, na época da França atéia, o inimigo usou o racionalismo para
negar completamente a existência de Deus e queimar a Bíblia em praça pública.
Apesar disso, sempre houve um povo que guardava os mandamentos de Deus e
perseverava no testemunho de Jesus. Mas o inimigo não se dá por vencido. Em
nossos dias já não persegue, nem queima Bíblias; até o ateísmo está quase
obsoleto. Mas o diabo continua agindo para alcançar seus objetivos. Como?
Despersonalizou a Deus. Deus deixou de ser uma Pessoa e passou a ser uma
simples "energia" que pode estar em todo lugar e em todas as coisas.
Além disso, "eternizou" a vida, fazendo crer que a vida do ser humano
não tem fim, que a vida neste mundo é apenas uma "passagem" para
outras vidas. Eu acredito que se você quiser informações com relação ao que
acontece quando o homem morre, tem o direito e o dever de procurar todas as
fontes que estiverem disponíveis. Uma dessas fontes necessariamente terá que
ser a Bíblia, considerada pelos cristãos como a Palavra de Deus. O que é que
Deus diz com relação a esse assunto? Para entender aonde vão os mortos quando
morrem é preciso saber primeiro como é que o ser humano foi criado. Veja o que
a Bíblia afirma em Gênesis 2, verso 7: "Então, formou o Senhor Deus ao
homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente". Uma "alma vivente", no sentido bíblico
é uma pessoa viva. Você e eu somos almas viventes. "Alma", no sentido
bíblico, nunca é um espírito desencarnado. Quando dizemos que no estádio havia
cem mil almas assistindo ao jogo estamos nos referindo a cem mil pessoas vivas.
Este é o uso que a Bíblia faz da palavra alma. Bom, pela declaração bíblica
você percebe que o ser humano começou a viver no momento em que o pó da terra
juntou-se ao fôlego, ou sopro de vida. Pó da terra é pó da terra; não é ser
humano. O pó da terra não pensa, não tem fome, nem sede, nem sente frio ou
calor. Pó é simplesmente pó; não passa disso. Por outro lado, o sopro de vida é
apenas sopro. O sopro, em si, também não pensa, não sente, nem é um ser humano.
Mas a Bíblia declara que, quando o pó da terra juntou-se com o fôlego de vida,
então sim, surgiu o ser humano vivo. E o que acontece quando o homem morre? A
Bíblia responde em Eclesiastes 12,7: "E o pó volte à terra, como o era, e
o espírito volte a Deus, que o deu". Segundo esta declaração, no momento
em que o homem morre acontece o inverso do que aconteceu quando ele foi criado.
Na criação Deus soprou nas narinas do - homem feito do pó da terra - o fôlego
de vida, e o homem viveu. Ao morrer, Deus recolhe o Seu fôlego de vida - que a
Bíblia chama de "espírito" - e o corpo, feito de pó, é enterrado; com
o tempo entra em decomposição; apodrece e finalmente seca e vira pó. E o que
acontece com o espírito? Bom, para responder essa pergunta, primeiro teríamos
que ter bem claro que, quando Deus deu o Seu fôlego de vida ao ser humano, não
lhe deu um fôlego "pensante". A palavra hebraica usada para espírito
é ruach que quer dizer exatamente "sopro" e nada mais. Em grego, que
é a outra língua bíblica, a palavra usada é pneuma, de onde vem a palavra
"pneu" e que também quer dizer ar, sopro, fôlego, e nada mais. O ser
humano pensante e vivo só apareceu quando o pó e o sopro divinos se juntaram. É
como a luz elétrica: a energia que vem pelo fio não é luz, a lâmpada também não
é luz, mas quando a energia se junta com a lâmpada, então aparece a luz
elétrica. E o que acontece quando a luz se apaga? A lâmpada está ali, a
energia, também. Mas quando através de uma chave, separamos ambas, a luz
desaparece. Isto nos ajuda a entender que não existe espírito vivo e pensante
depois que o homem morre. A Bíblia é categórica ao afirmar em Eclesiastes 9,
versículos 5,6 e 10: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os
mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a
sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para
sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo
quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no
além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem
sabedoria alguma". Se a Bíblia é tão categórica ao afirmar que, quando o
ser humano morre, acaba a vida para ele, de onde vem a idéia de que a vida não
acaba, e que o espírito continua vivendo após a morte? Voltemos à origem de
tudo, no Jardim do Éden. Deus disse ao ser humano que não devia tocar o fruto
da árvore da ciência do bem e do mal porque, o dia que o fizesse, certamente
morreria. Mas então vem o diabo, disfarçado em serpente e diz: "Não
morrereis". Aquele foi o início da teoria de que o homem não morre. Foi o
inimigo de Deus o pai dessa idéia que hoje está em voga como nunca, até no meio
cristão. Outro dia, um jovem me dizia: "Pastor, eu não acreditava na
existência de espíritos, até que um amigo meu perdeu o pai e assistiu a uma
sessão espírita, e conversou com o espírito do pai. Não foi uma ilusão dele.
Ele ouviu a voz do pai". Eu não duvido que aquele jovem tenha ouvido uma
voz, mas, com certeza, não era a de seu pai. Na Bíblia está registrada a
história do rei Saul, que se desviou dos caminhos de Deus. Ele esqueceu das advertências
claras de que não existem espíritos vivos vagando por aí e recorreu a uma
médium espírita. A história está registrada em I Samuel 28: 7,8 e 11 da
seguinte maneira: "Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma
mulher que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte. Disseram-lhe
os seus servos: Há uma mulher em En-Dor que é médium. Saul disfarçou-se, vestiu
outras roupas e se foi, e com ele, dois homens, e, de noite, chegaram à mulher;
e lhe disse: Peço-te que me adivinhes pela necromancia e me faças subir aquele
que eu te disser... Então, lhe disse a mulher: Quem te farei subir? Respondeu
ele: Faze-me subir Samuel." A história continua dizendo que Samuel
apareceu envolto num pano e conversou com Saul. Aparentemente, Saul, como o jovem
que foi à sessão espírita, conversaram com espíritos de pessoas que já estavam
mortas. Embora a Bíblia registre essa história, o contexto prova que aquele
espírito não era o de Samuel e sim o de algum espírito demoníaco. As provas são
as seguintes: 1. As indicações de que Israel nunca deveria consultar aos mortos
eram bem claras. Isaías 8:19 nos diz: "Quando vos disserem: Consultai os
necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o
povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" Como podia
Deus enviar uma mensagem para Saul através do "espírito de um morto",
se Ele mesmo o proibira? 2. O registro bíblico de I Samuel 28, verso 6; diz que
Deus não aceitava comunicar-Se há muito tempo com Saul: "Consultou Saul ao
Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por
profetas". A pergunta é: se Deus não queria comunicar-Se com Saul, por
meios considerados devidamente lícitos, como é que iria comunicar-Se por meio
de um "espírito"? 3. O texto bíblico de I Crônicas 10:13 registra
que: "...morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o
Senhor, por causa da Palavra do Senhor, que ele não guardara; e também porque
interrogara e consultara uma necromante". Como poderia Deus ter reprovado
o fato de Saul ter falado com o "espírito de Samuel" se tivesse sido
Deus quem falou naquela ocasião? Bom, se o espírito com quem Saul falou não era
de Samuel, que tipo de espírito era? O Apocalipse responde a essa pergunta, no
capítulo 12, versos de 7 a 9, veja: "Houve peleja no céu. Miguel (ou seja,
Jesus) e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e
seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,
o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus
anjos". E qual é a atividade desses anjos malignos hoje? Qual é a grande
especialidade do diabo? Seduzir e enganar, e é justamente a isso que seus anjos
se dedicam. Eles se disfarçam de espíritos de mortos e aparecem nas sessões
espíritas. Eles são os "fantasmas" e "almas penadas" que
vagueiam nas noites escuras, eles se vestem de tradições, fábulas e lendas como
o saci pererê, a mula sem cabeça, ou o chupacabras, para atingir o povo mais
simples. Outras vezes, manifestam-se através dos OVNIs (Objetos Voadores Não
Identificados), e seres extraterrestres para alcançar as mentes mais
sofisticadas. "Não morrereis" - disse a serpente no jardim do Éden, e
essa mensagem da imortalidade da alma será um dos instrumentos poderosos de
engano e sedução que o inimigo usará nesta virada de século. Você poderá achar
essa mensagem adaptada para todos os gostos. Pessoas simples participarão nas
sessões de baixo espiritismo, como a macumba e o candomblé. Pessoas mais
cultas, buscarão sessões espíritas tradicionais ou tratamentos de regressão,
tentando descobrir espíritos de mortos ou vidas passadas. Muitas destas
atividades se apresentam no seu estado grotesco, com sangue de galinhas e bodes
pretos, ou despachos misteriosos em determinados lugares. Já outros, se
apresentarão em forma de atividades de filantropia e beneficência social,
despertando a pergunta: que mal tem? O homem moderno buscará a sabedoria nos
"espíritos iluminados" dos faraós egípcios ou dos incas peruanos de
Manchupichu. Tentará comunicar-se com seres extraterrestres ou buscará a
sabedoria e técnica médicas através do "espírito" de médicos famosos
que já estão mortos. Enfim, não há limite para os esforços que o inimigo fará a
fim de espalhar a mensagem de que o espírito do homem nunca morre. Você poderá
ver essa mensagem todos os dias através das novelas e dos filmes, na TV, no
rádio, nas revistas e jornais. Poderá ouvi-la nas conversas de botequim e correndo
de um lado para outro, na boca do povo, apresentada por artistas famosos,
estrelas da televisão e personalidades de destaque. Mas por que todo esse
esforço para divulgar essa mensagem? Porque, se a alma não morre, não há por
que preocupar-se muito com esta vida. Se acertarmos ou errarmos, qual é o
problema? Existem outras vidas! Para que salvação, Cristo, obediência à Palavra
de Deus, se teremos a eternidade toda para continuar evoluindo? A Bíblia ensina
claramente que existe imortalidade só em Cristo. Por outro lado, o inimigo
ensina que a imortalidade está em você. A Bíblia sempre tenta conduzir a
adoração do homem a Deus. O inimigo tenta conduzir a adoração do ser humano a
qualquer coisa, menos a Deus. A Palavra de Deus é clara e ao ensinar que, quando
o ser humano morre, seu corpo volta para a terra e o sopro de vida retorna a
Deus. Não existe mais consciência, a partir desse momento. São equivocadas as
idéias de que os espíritos dos maus vão para o inferno, dos bons ao paraíso,
dos mais ou menos bons ao purgatório e das crianças ao limbo ou, então, que
eles andam vagueando por aí ou reencarnando-se em outras formas de vida. Mas
existem pessoas sinceras que, com a Bíblia na mão, não conseguem enxergar esta
verdade contundente. Encontramos, por exemplo, a parábola do rico e Lázaro em
Lucas 16, versos 19 a 24, que literalmente diz assim: "Ora, havia certo
homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias,
se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro,
coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das
migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão;
morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormento, levantou
os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse:
Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta
do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama". A
parábola continua, e muitas pessoas acham que essa é uma prova bíblica de que,
quando o homem morre, o espírito continua vivendo. Convém ter em conta, então,
os seguintes pontos: 1. Esse relato é uma parábola e as parábolas usavam o que
o povo cria, fosse certo ou errado, como base para ensinar uma lição
espiritual, nunca uma doutrina. 2. O quadro que esta parábola pinta não é
literal. Ele é tão irreal que você terá dificuldade para responder as seguintes
perguntas: De que tamanho era o seio de Abraão, para que lá coubessem todos os
espíritos dos mortos? Aonde foram os mortos que morreram antes de Abraão, se o
seio de Abraão é a morada dos espíritos? Está o seio de Abraão que, segundo a
parábola, é a morada dos justos, tão perto do inferno que as pessoas de ambos
os lados pudessem conversar? É Abraão o chefe lá nos céus, sem cuja autorização
ninguém pode fazer nada? e é a ele, e não a Deus, que os homens devem pedir
misericórdia? Como você pode ver, a parábola do rico e Lázaro não pode ser
considerada uma prova bíblica de que os espíritos dos mortos sofrem no inferno
ou desfrutam no paraíso. O ensinamento bíblico é claro ao afirmar que, quando o
homem morre, na realidade, é como se adormecesse na inconsciência, até o dia da
ressurreição. São Paulo declara em I Tessalonicenses 4:13 e 16: "Não
queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem,
para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança... Porquanto
o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e
ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro". Esta é a bendita esperança do cristão. Se a morte
arrancou de você um ente querido, pode ter a certeza de que ele está dormindo.
Seu corpo voltou à terra e o sopro de vida está em Deus. Seu ente querido não
tem mais consciência de nada. Ele não sofre, nem se alegra, nem tem frio, nem
fome. Ele apenas descansa em Cristo. O inimigo de Deus pode inventar a teoria
que quiser com relação ao estado dos mortos ou à imortalidade da alma. Crer que
o espírito dos mortos vive, pode ser hoje o tema da moda. Mas, quais as provas?
Onde nascem as teorias? Quais as fontes de informação? Apocalipse 14, verso 13,
porém, é incisivo: "...Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem
no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as
suas obras os acompanham". Está você triste pela morte de um filho? A
saudade bate sem parar? Prepare-se! O Senhor Jesus voltará logo, e ressuscitará
seu filho. Você poderá abraçá-lo novamente. Hoje ele "descansa de suas
fadigas". Apenas "suas obras o acompanham". Guarde as lembranças
dos momentos felizes que passaram juntos e aguarde ansioso a manhã gloriosa da
ressurreição.
ORAÇÃO: Querido Pai, coloque a esperança no coração de todas as pessoas que leram esta palestra. A esperança da volta de Cristo e a ressurreição de nossos seres queridos. Em nome de Jesus. Amém.
Olá muito bom
ResponderExcluirConheçam também
O site do pregador
www.sitedopregadorfiel.com
obrigada
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